Hoje, vamos falar sobre um tema que divide opiniões: os vinhos criados exclusivamente para abastecer clubes de assinatura e importadoras no Brasil.
Mas antes de seguir, vamos ser justos: existem clubes de vinho sérios, que fazem uma curadoria refinada e entregam verdadeiras joias a seus assinantes. Clubes que se dedicam a selecionar vinhos autênticos, de produtores respeitados, com projetos legítimos lá fora. Esses merecem nosso respeito e elogios.
Agora, vamos ao problema real…
O desafio está em outro cenário: quando grandes clubes, pressionados por um volume gigantesco de assinantes, precisam abastecer mensalmente milhares de caixas e acabam criando rótulos “sob medida” só para o mercado brasileiro.
E não estamos falando de projetos de produtores brasileiros no exterior – isso é legítimo e importante. O problema é quando importadoras e clubes recorrem a fábricas de rótulos genéricos, criando vinhos que não têm presença real no mercado internacional, mas chegam aqui com cara de “exclusivo”.
São vinhos que muitas vezes têm o mesmo estilo, a mesma estrutura e o mesmo perfil comercial, apenas com um nome ou uma embalagem diferente. É a padronização disfarçada de diversidade.
E sim, é verdade: o mercado internacional tem suas limitações. Não dá para atender a dezenas ou centenas de milhares de assinantes mensais apenas com microproduções de vinícolas boutique. Mas será que a saída é essa avalanche de rótulos fabricados para serem apenas mais uma garrafa na assinatura do mês?
Aqui vai a provocação: não seria o momento dos grandes clubes se reinventarem?
Por que não pensar em novos modelos, que fujam dessa espiral enlouquecida de criar “vinhos exclusivos” sem alma? Por que não dar espaço para uma nova forma de curadoria, mais transparente, mais honesta e menos refém do volume?
No Univinho, a gente acredita que clubes de vinho têm um papel fundamental, mas que o modelo atual está pedindo mudanças. O consumidor está mais atento e não quer só uma garrafa “bonitinha” na porta de casa – quer verdade no que está bebendo.
E você? Acha que os grandes clubes precisam repensar sua estratégia ou já se acostumou com essa enxurrada de rótulos importados que ninguém conhece lá fora?
Comente, compartilhe e vamos fazer essa discussão chegar longe!
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