Se você é daqueles que prefere acreditar em notas de críticos sem questionar, talvez esse episódio incomode um pouco.
Hoje, vamos falar sobre um dos fenômenos mais destrutivos da enologia moderna: a Parkerização. Um movimento que moldou a produção de vinhos por décadas, sufocando a diversidade, achatando a identidade e criando um exército de vinhos sem alma, feitos para agradar a um único paladar.
Robert Parker, o crítico mais influente do século XX, transformou a forma como os vinhos são avaliados e vendidos. Seu gosto pessoal – vinhos potentes, alcoólicos, cheios de fruta madura e madeira – virou uma referência absoluta. Quem queria pontuação alta, vendia a alma para seguir essa cartilha.
O resultado? Regiões inteiras abandonaram seus estilos tradicionais para correr atrás de um 95+ na Wine Advocate. Produtores mudaram suas práticas de vinificação para caber no gosto de Parker. O mercado virou refém da pontuação, e consumidores foram treinados a só comprar vinho com selo de aprovação.
E agora? Parker já saiu de cena, mas o estrago ficou. Estamos tão viciados em notas que esquecemos de confiar no nosso próprio paladar? Será que o consumidor médio sabe identificar um grande vinho sem olhar um número antes?
E os produtores? Conseguem voltar atrás ou já perderam o DNA da sua região para sempre?
No Univinho, a gente não aceita respostas fáceis. Se um vinho precisa de uma nota para ser vendido, será que ele realmente vale a pena?
Quero ouvir sua opinião! Você acha que a Parkerização ajudou ou prejudicou o mercado? Comente, compartilhe este episódio e siga o podcast para não perder os próximos debates!
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