Hoje vamos falar sobre um comportamento que está enraizado no mercado do vinho e que, sinceramente, está na hora de ser questionado: por que temos tanto medo da simplicidade no vinho?
📌 Por que o vinho precisa ser sempre um assunto denso, técnico, cheio de regras, nomenclaturas e reverência quase religiosa?
A sensação que dá é que, quanto mais complexo o discurso, mais “respeitável” parece o produto. E é aí que mora o perigo. Porque quando o vinho vira um território exclusivo dos “entendidos”, ele se distancia de quem mais importa: o consumidor comum.
Vamos pensar: ninguém precisa estudar gastronomia molecular pra comer bem. Você não precisa ser mestre cervejeiro pra apreciar uma IPA. Mas no vinho, ainda existe essa ideia de que “ou você sabe tudo, ou não tem repertório pra opinar”.
Isso cria uma barreira invisível, mas poderosa. O consumidor começa a achar que vinho não é pra ele, que precisa estudar demais pra entender, que vai “falar besteira” se tentar comentar. E, assim, a gente perde o que o vinho tem de mais valioso: a espontaneidade.
A indústria do vinho – e isso inclui produtores, comunicadores, profissionais de serviço, sommeliers e até educadores – ainda confunde complexidade com qualidade. Ainda acredita que, se for fácil de entender, vai parecer superficial. E aí, vira um ciclo vicioso: quanto mais se complica, mais o público se afasta. E quanto mais o público se afasta, mais os especialistas se fecham entre si.
Mas vamos ser honestos: qual o real problema de um vinho ser simples? Um vinho leve, direto, acessível, com aromas fáceis de identificar, acidez equilibrada e final agradável é inferior a um vinho denso, fechado, com 15% de álcool e 18 meses em carvalho? Depende. Depende do momento, da comida, da companhia, do clima – e, principalmente, do seu gosto.
Sabe o que é difícil mesmo? Fazer um vinho simples, bem feito, limpo, correto, que agrade sem esforço e ainda assim tenha personalidade. Isso exige técnica, sensibilidade e uma boa dose de ousadia.
📣 O ponto aqui é: o vinho não precisa provar nada pra ninguém. Ele não precisa ser complicado pra ser digno. Quem precisa de complicação, muitas vezes, é o ego de quem fala sobre ele.
No Univinho, a gente acredita na simplicidade como ato de coragem. Porque simplificar não é “empobrecer”. É tornar acessível, abrir a porta, trazer mais gente pra mesa.
E você? Já teve aquela sensação de que estavam tentando te impressionar mais do que te incluir? Já se afastou de uma conversa sobre vinho porque parecia mais uma aula de química do que uma troca real?
Conta pra mim. Compartilha esse episódio. Marca aquele amigo ou amiga que já foi intimidado por uma carta de vinhos. Vamos juntos construir um mercado que fala com clareza – mas sem perder a alma.
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